quinta-feira, 19 de novembro de 2009
TONINHO,PARABENS,
sábado, 10 de outubro de 2009
Três mortos e dois feridos em nova onda de ataques
Foto: Bruno Eduardo Alves
Menos de 48 horas após traficantes do Comando Vermelho (CV) matarem quatro pessoas, sendo três no Morro do Beltrão, Santa Rosa, e outra na Engenhoca, na madrugada de terça-feira, dessa vez, no fim da noite de quinta-feira, a facção criminosa promoveu mais uma noite de terror, agora no Morro do Palácio, no Ingá. O saldo trágico da nova invasão foi de pelo menos três mortos a tiros (sendo uma mulher) e dois feridos graves. Com mais esse ataque, a polícia parece constatar que o CV estaria determinado a unificar o tráfico em todas as favelas de Niterói, mesmo aquelas em que o controle seria da mesma facção, e que estariam enfraquecidos, como foi o caso do Morro do Palácio, onde os envolvidos foram punidos com a morte.A polícia foi informada que na noite de quinta-feira um grupo armado, que teria vindo da Favela da Mangueira, no Rio, junto com supostos comparsas vindos do município de São Gonçalo, invadiram um dos locais de venda de entorpecentes, num beco, no interior da comunidade do Palácio e baleou pelo menos cinco pessoas. A quantidade de tiros aterrorizou os moradores que acionaram a PM. Quando os policias chegaram na comunidade constataram que um homem identificado apenas pelo vulgo de “Baixinho”, uma mulher cujo apelido seria “Lacraia”, e um homem negro, todos aparentando entre 25 a 30 anos, foram mortos a tiros, sendo que o primeiro faleceu no local e casal após dar entrada no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal). Outros dois homens, identificados como Everson Rodrigues Nascimento, de 21 anos, morador no Jardim Catarina, e Flávio dos Santos, 30, residente no bairro Arsenal, ambos em São Gonçalo, foram internados em estado grave.Fontes policiais confirmaram que devido a sua localização privilegiada (Zona Sul de Niterói) e por atender uma “clientela” de usuários de drogas com maior poder aquisitivo, o Morro do Palácio seria cobiçado pela cúpula do Comando Vermelho (CV), que considerariam que os pontos estariam sendo “mal administrados” e atualmente se encontrava enfraquecido em termos de controle. A polícia lembrou que o antigo líder do tráfico na localidade era Werneck Marley de Araújo, o “Werneck” (ou “VK”), que morreu durante confronto com a PM, em 15 de agosto desse ano. Um traficante conhecido como “Junior Macaco” foi o sucessor, mas depois de uma desavença com comparsas por conta de uma dívida de R$ 30 mil herdada de “Werneck” (que se recusou a pagar) acabou tendo o mesmo destino de “Werneck”, sendo morto a tiros, no mês seguinte (setembro).A polícia informou ontem que após a morte de “Junior Macaco” , o tráfico no Morro do Palácio foi assumido por um traficante oriundo da Região dos Lagos, conhecido como “Vino”, mas sem a representatividade da época de “Werneck”, por isso a cúpula do CV determinou a eliminação dos próprios companheiros de facção, ordem que estaria sendo cumprida à risca com relação à várias outras comunidades de Niterói. Ainda na manhã de ontem, PMs do 12º Batalhão que vasculhavam o Morro do Palácio encontraram e desativaram no alto da comunidade uma central de “gatonet”, instalada dentro de um cômodo no interior do salão de festas da Associação de Moradores. Parte dos equipamentos teriam sido retirados às pressas após o ataque da noite de quinta-feira. O registro dos fatos foram feitos na 76ª DP (centro-Niterói).
Três mortos e dois feridos em nova onda de ataques.Publicado em: 10/10/2009Texto: Augusto AguiarFoto: Bruno Eduardo Alves
Menos de 48 horas após traficantes do Comando Vermelho (CV) matarem quatro pessoas, sendo três no Morro do Beltrão, Santa Rosa, e outra na Engenhoca, na madrugada de terça-feira, dessa vez, no fim da noite de quinta-feira, a facção criminosa promoveu mais uma noite de terror, agora no Morro do Palácio, no Ingá. O saldo trágico da nova invasão foi de pelo menos três mortos a tiros (sendo uma mulher) e dois feridos graves. Com mais esse ataque, a polícia parece constatar que o CV estaria determinado a unificar o tráfico em todas as favelas de Niterói, mesmo aquelas em que o controle seria da mesma facção, e que estariam enfraquecidos, como foi o caso do Morro do Palácio, onde os envolvidos foram punidos com a morte.A polícia foi informada que na noite de quinta-feira um grupo armado, que teria vindo da Favela da Mangueira, no Rio, junto com supostos comparsas vindos do município de São Gonçalo, invadiram um dos locais de venda de entorpecentes, num beco, no interior da comunidade do Palácio e baleou pelo menos cinco pessoas. A quantidade de tiros aterrorizou os moradores que acionaram a PM. Quando os policias chegaram na comunidade constataram que um homem identificado apenas pelo vulgo de “Baixinho”, uma mulher cujo apelido seria “Lacraia”, e um homem negro, todos aparentando entre 25 a 30 anos, foram mortos a tiros, sendo que o primeiro faleceu no local e casal após dar entrada no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal). Outros dois homens, identificados como Everson Rodrigues Nascimento, de 21 anos, morador no Jardim Catarina, e Flávio dos Santos, 30, residente no bairro Arsenal, ambos em São Gonçalo, foram internados em estado grave.Fontes policiais confirmaram que devido a sua localização privilegiada (Zona Sul de Niterói) e por atender uma “clientela” de usuários de drogas com maior poder aquisitivo, o Morro do Palácio seria cobiçado pela cúpula do Comando Vermelho (CV), que considerariam que os pontos estariam sendo “mal administrados” e atualmente se encontrava enfraquecido em termos de controle. A polícia lembrou que o antigo líder do tráfico na localidade era Werneck Marley de Araújo, o “Werneck” (ou “VK”), que morreu durante confronto com a PM, em 15 de agosto desse ano. Um traficante conhecido como “Junior Macaco” foi o sucessor, mas depois de uma desavença com comparsas por conta de uma dívida de R$ 30 mil herdada de “Werneck” (que se recusou a pagar) acabou tendo o mesmo destino de “Werneck”, sendo morto a tiros, no mês seguinte (setembro).A polícia informou ontem que após a morte de “Junior Macaco” , o tráfico no Morro do Palácio foi assumido por um traficante oriundo da Região dos Lagos, conhecido como “Vino”, mas sem a representatividade da época de “Werneck”, por isso a cúpula do CV determinou a eliminação dos próprios companheiros de facção, ordem que estaria sendo cumprida à risca com relação à várias outras comunidades de Niterói. Ainda na manhã de ontem, PMs do 12º Batalhão que vasculhavam o Morro do Palácio encontraram e desativaram no alto da comunidade uma central de “gatonet”, instalada dentro de um cômodo no interior do salão de festas da Associação de Moradores. Parte dos equipamentos teriam sido retirados às pressas após o ataque da noite de quinta-feira. O registro dos fatos foram feitos na 76ª DP (centro-Niterói).
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Vereador Cal assume Secretaria de Indústria Naval nesta quinta-feira
Ao lado do vereador Sérgio Fernandes (PDT), Jorge Roberto apresentou à população da Ilha da Conceição o comandante da nova pasta, o vereador Milton Carlos Silva Lopes, o Cal (PP). A iniciativa do executivo destaca o pioneirismo de Niterói à frente de vários municípios importantes do Brasil, no momento em que se discute a exploração de petróleo na camada do pré-sal. A criação da Secretaria de Indústria Naval é a primeira do tipo no país. A nova pasta funcionará dentro das dependências do CSU.
Jorge Roberto ressaltou que a criação da Secretaria será um marco para a história da cidade. “Quando decidi me candidatar a prefeito novamente, tive que me interar sobre os assuntos do setor, que praticamente não se ouvia falar há alguns anos, quando deixei a Prefeitura”, declarou.
A justificativa para a escolha do vereador Cal para comandar a pasta foi pelo o conhecimento da matéria e também da Ilha da Conceição, segundo Jorge Roberto. “Quero desejar ao Cal sucesso. Tenho a convicção de que o povo vai ficar muito orgulhoso”, disse o prefeito, que destacou ainda a unidade política do bairro em torno do governo reunindo os vereadores Sérgio Fernandes e Cal.
O novo secretário disse que pretender ser um elo entre a população e os empresários. “Nosso trabalho será de aproximar a Ilha da Conceição e os trabalhadores dos empresários. Teremos que discutir também a questão da legalização dos terrenos dos estaleiros para que consigam financiamentos do BNDES e assim gerando mais empregos”, destaca Cal, que deve se licenciar nesta quarta-feira, 30/09.
O espaço revitalizado do CSU vai abrigar diversos projetos. Cerca de três mil crianças serão beneficiadas com atividades escolares em tempo integral. Quadras poliesportivas para a prática de esportes, áreas de recreação, atividades culturais e cursos profissionalizantes serão desenvolvidas no novo local que atenderá crianças de
domingo, 13 de setembro de 2009
A VERDADE SEMPRE APARECE!!!
A ABCCOM, Associação Brasileira dos Canais Comunitários, vem a público prestar
solidariedade ao jornalista Beto Almeida, presidente da TV Cidade Livre DF e membro do Conselho Diretor da TeleSur, diante do ataque anti-jornalístico e aético da revista semanal Isto É.
Beto Almeida pratica um jornalismo cidadão e de solidariedade e é um dos principais jornalistas da atualidade. Sua postura firme e decidida em defesa da integração latino-americana tem deixado os conservadores acuados.
Os canais comunitários do Brasil estão ao lado de Beto Almeida e têm certeza de que a pequenez de alguns não vai prejudicar sua brilhante trajetória como jornalista e dirigente do canal comunitário de Brasília.
Belo Horizonte, 8/9/2009.
Edivaldo A. Farias
Presidente da ABCCOM
domingo, 28 de junho de 2009
JORNALISMO EM FESTA!!!!
Notícias
Magistrados e jornalistas debatem o Direito de Resposta
Magistrados e jornalistas debatem o Direito de Resposta
O direito de resposta não acabou com o fim da Lei de Imprensa. Essa foi a conclusão a que chegaram os participantes do seminário O Direito de Resposta na Mídia, realizado nesta quarta-feira, dia 24, na Escola da Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj). O presidente do TJRJ, desembargador Luiz Zveiter; o primeiro vice- presidente, desembargador Antonio Duarte; o juiz e Luis Gustavo Grandinetti; o deputado federal Miro Teixeira; o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Mauricio Azedo; o diretor de redação do jornal O Globo, Rodolfo Fernandes; o editor de Opinião e o repórter especial do O Globo, Aluisio Maranhão e Chico Otávio e a advogada Ana Tereza Basílio fizeram parte da mesa.
"Como advogado, magistrado e hoje presidente do Tribunal de Justiça, sempre trabalhei diretamente com a imprensa, pois entendo que a liberdade de expressão é um fator importante no desenvolvimento do país. A imprensa precisa de liberdade e responsabilidade para trabalhar, com ética e correção, prestando um serviço fundamental para a sociedade", afirmou o presidente Luiz Zveiter na abertura do seminário.
O juiz Grandinetti fez uma exposição explicando que o Supremo Tribunal Federal entendeu que o direito de imprensa é incompatível com a Constituição, apesar de o mesmo ser tratado no seu artigo quinto. "A primeira tentativa de criação do instituto Direito de Resposta aconteceu em 1795 na França. No Brasil, a Constituição Federal se aplica e pode perfeitamente atuar sem precisar de qualquer outra lei sobre o assunto. Pode ainda ser invocado o instituto da antecipação de tutela. Reparar a honra é difícil e complexo e a publicação do Direito de Resposta permite ao leitor ouvir a outra parte", disse o juiz palestrante.
O deputado Miro Teixeira, que foi o autor da ação que resultou no fim da Lei de Imprensa, lembrou que o direito à informação é um direito do cidadão e que é necessário que os veículos de comunicação passem a lidar melhor com o Direito de Resposta. Para o deputado, não há necessidade de se criar uma lei infraconstitucional, pois o juiz deve avaliar cada caso considerando o sistema de pesos e contrapesos. O deputado falou ainda que está estudando a criação de uma proposta de lei para regulamentar a profissão de jornalista, após a decisão do STF em abolir a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão.
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domingo, 10 de maio de 2009
BALÕES ARTE E DESTRUIÇÃO!!!
sábado, 2 de maio de 2009
ADEUS A LEI DA IMPRENSA!!!!!
O Supremo Tribunal Federal (SFT) revogou a Lei 5.250, de 1967, conhecida como Lei de Imprensa, editada durante a ditadura militar. Sete dos 11 ministros defenderam a derrubada completa da lei. Três votaram pela revogação parcial, com a manutenção de alguns artigos.
Apenas o ministro Marco Aurelio votou pela manutenção do dispositivo. No entendimento da maioria dos ministros, a Lei de Imprensa é incompatível com princípios fundamentais definidos pela Constituição Federal de 1988.
"Há uma repulsa constitucional a qualquer tipo de repressão das liberdades de expressão. O regime (constitucional) privilegia o quadro em que se desenvolvem as liberdades do pensamento. E a liberdade de expressão representa uma projeção significativa do direito de manifestar sem qualquer intervenção estatal os seus pensamentos, as suas ideias", argumentou o ministro Celso de Mello ao justificar o seu voto pela derrubada da lei.
Com a revogação da lei, na prática considerada inconstitucional pelo STF, juízes de todo o País não poderão tomar decisões baseadas no texto de 1967. O julgamento de jornalistas deverá ser feito com base nos códigos Penal e Civil. Fica extinta, por exemplo, a previsão legal de prisão especial para jornalistas.
Os ministros Carlos Ayres Britto, Eros Grau, Carlos Alberto Menezes Direito, Cármem Lúcia, Ricardo Lewandovski, Cesar Peluzo também votaram pela revogação total da lei.
Joaquim Barbosa e Ellen Gracie defenderam a revogação parcial, com manutenção da validade de artigos que tratam de calúnia, injúria e difamação, controle sobre propaganda de guerra, perturbação da ordem social e atentados à moral e aos bons costumes.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, fez ressalvas à extinção do direito de resposta, previsto e detalhado pela lei editada em 1967. Ele votou pela manutenção dos trechos da legislação que tratam desse mecanismo.
Ele argumentou que a relação entre imprensa e cidadão é desequilibrada e que, sem o direito de resposta, os indivíduos estariam mais desprotegidos em relação aos possíveis abusos da mídia.
"A desigualdade entre a mídia e o indivíduo é patente, a desigualdade de armas. O direito de resposta é constituído como garantia fundamental, numa tentativa de estabelecer um mínimo de igualdade de armas (entre cidadão e imprensa)", disse o ministro.
Gilmar Mendes relembrou o caso da Escola Base, em 1994, quando a imprensa divulgou notícias que acusavam diretores de uma escola paulistana de abuso sexual contra crianças. Posteriormente, a Justiça não comprovou qualquer envolvimento dos então acusados pelos jornais.
Também deixam de valer, a partir de agora, mecanismos previstos pela Lei de Imprensa que só se justificavam durante a ditadura militar, como a apreensão de jornais que veicularem informações que atentem contra a "ordem social, a moral e os bons costumes", e outros como a censura a espetáculos e diversões públicas e proibição de divulgação de fatos considerados "segredos de Estado".
Em relação ao direito de resposta, previsto e detalhado na Lei de Imprensa, a decisão de agora em diante dependerá da avaliação dos juízes em cada caso, com base na Constituição Federal.
O Fluminense
quinta-feira, 30 de abril de 2009
A Associação dos Juizes Federais do Brasil - AJUFE!!!
NOTA PÚBLICA - Ajufe responde a declarações de Gilmar Mendes durante sabatina(24/03/2009 - 19:58)
A Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE, entidade de âmbito nacional da magistratura federal, vem a público manifestar sua veemente discordância em relação à afirmação feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, que, ao participar de sabatina promovida pelo jornal “Folha de S. Paulo”, disse que, ao ser decretada, pela segunda vez, a prisão do banqueiro Daniel Dantas, houve uma tentativa de desmoralizar-se o Supremo Tribunal Federal e que (sic) “houve uma reunião de juízes que intimidaram os desembargadores a não conceder habeas corpus”.
Conquanto se reconheça ao ministro o direito de expressar livremente sua opinião, essas afirmações são desrespeitosas aos juízes de primeiro grau de São Paulo, aos desembargadores do Tribunal Regional Federal da Terceira Região e também a um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Com efeito, é imperioso lembrar que, ao julgar o habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal em favor do banqueiro Daniel Dantas, um dos membros dessa Corte, o ministro Marco Aurélio, negou a ordem, reconhecendo a existência de fundamento para a decretação da prisão.
Não se pode dizer que, ao assim decidir, esse ministro, um dos mais antigos da Corte, o tenha feito para desmoralizá-la. Portanto, rejeita-se com veemência essa lamentável afirmação.
No que toca à afirmação de que juízes se reuniram e intimidaram desembargadores a não conceder habeas corpus, a afirmação não só é desrespeitosa, mas também ofensiva. Em primeiro lugar porque atribui a juízes um poder que não possuem, o de intimidar membros de tribunal. Em segundo lugar porque diminui a capacidade de discernimento dos membros do tribunal, que estariam sujeitos a (sic) “intimidação” por parte de juízes.
Não se sabe como o ministro teria tido conhecimento de qualquer reunião, mas sem dúvida alguma está ele novamente sendo veículo de maledicências. Não é esta a hora para tratar do tema da reunião, mas em nenhum momento, repita-se, em nenhum momento, qualquer juiz tentou intimidar qualquer desembargador. É leviano afirmar o contrário.
Se o ministro reconhece, como o fez ao ser sabatinado, que suas manifestações servem de orientação em razão de seu papel político e institucional de presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, deve reconhecer também que suas afirmações devem ser feitas com a máxima responsabilidade.
Brasília, 24 de março de 2009.
Fernando Cesar Baptista de MattosPresidente da AJUFE
sábado, 25 de abril de 2009
BASTIDORES DA TERRA DO NUNCA!!!!!
sexta-feira, 24 de abril de 2009
BATE BOCA... DESORDEM,SÓ NÃO PODEM!!!!!
STF: divisão na corte fica exposta após bate-boca
Em confronto inusitado, Joaquim Barbosa disse que o presidente do tribunal, Gilmar Mendes, está 'destruindo a credibilidade da Justiça' Comente(58)
Leia mais: Em nota, oito ministros apoiaram Gilmar Mendes
Blog: Noblat: assista ao bate-boca
terça-feira, 21 de abril de 2009
Jornalistas ameaçados por deputado?
OAB Niterói online
UMA PERDA POLITICA!!
Deputado João Herrmann é encontrado morto em piscina
Morreu neste domingo, aos 63 anos, o deputado federal João Herrmann Neto (PDT-SP). Um dos seus cinco filhos o encontrou sem vida, no início da madrugada, na piscina da Destilaria Guaricanga, em Presidente Alves, interior de São Paulo. A família passava o feriado da Páscoa na casa de campo existente no local. Suspeita-se que o parlamentar tenha batido a cabeça no chão e caído na piscina em seguida. Ele estava sozinho no momento do acidente.
Segundo o assessor do parlamentar, a necropsia indicou morte natural. O corpo está sendo levado para Campinas (SP) e será velado no prédio da prefeitura, a pedido do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). O enterro está previsto para a manhã de segunda-feira, dia 13.
Engenheiro agrônomo, Herrmann Neto ingressou na vida política em 1977 como prefeito de Piracicaba (SP). Era filiado ao MDB. Dez anos depois, tornou-se deputado federal. Atualmente, estava no quinto mandato, este ocupado após a renúncia do titular, o deputado Reinaldo Nogueira, em 6 de janeiro deste ano. O deputado era dono da Destilaria Guaricanga, produtora de álcool.
SALÃO DE XANGAI SEDUÇÃO AO EXTREMO!!!
VEJA FOTOS DOS CARROS DO SALÃO DO AUTOMÓVEL DE XANGAI
domingo, 19 de abril de 2009
¨OS PERIGOS DO JORNALISMO COM A VERDADE
quarta-feira, 8 de abril de 2009
¨DENGUE¨ DOENÇA OU GUERRA?
agência Brasilia
terça-feira, 7 de abril de 2009
UM CIDADAO DO BEM, UM CORONEL EXEMPLAR
O suposto assaltante chegou a ser atendido no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal). No início da tarde, o proprietário do estabelecimento compareceu ao Instituto Médico-Legal (IML) e reconheceu o suposto criminoso.
Segundo a Polícia Militar, os assaltantes chegaram em uma moto de cor amarela e em um Xsara Picasso, ambos de placas não anotadas. O objetivo seria roubar a casa lotérica São Lourenço. Ao ver a ação dos criminosos, que já haviam rendido o dono do estabelecimento, o oficial, que estava comprando jornal na banca em frente à casa lotérica, teria tentado frustrar a ação dos ladrões. Mas, um terceiro homem, que dava cobertura à dupla, teria efetuado um disparo na nuca de Francisco.
O caso foi registrado na 76ª DP (Centro) como latrocínio (roubo seguido de morte). De acordo com o delegado adjunto da distrital, Anestor Magalhães, possivelmente, os bandidos são oriundos do Morro Boa Vista, que fica localizado próximo ao local do crime.
"Ele era um guerreiro e morreu como tal. Estamos perto de identificar os homens que cometeram essa covardia", disse Magalhães, que vai analisar as imagens do circuito interno de TV da casa lotérica.
"Vamos verificar se há a possibilidade de identificação dos outros bandidos", informou Magalhães.Ainda segundo o delegado, foram levados R$ 3.600, dinheiro da féria do estabelecimento correspondente ao fim de semana. Para ele, quatro homens participaram da ação.
"Os bandidos de Niterói estão sem rumo. O coronel era conhecido e morador da região. Já sabemos que dois entraram no estabelecimento enquanto outros dois deram cobertura", disse Magalhães.
Oficial estava armado com pistola calibre 380
Segundo a polícia, no momento do assalto, o coronel portava uma pistola calibre 380. Um comerciante, que assistiu a toda a cena do crime, contou os momentos de tensão pelo qual passou.
"Ele estava comprando jornal e percebeu a movimentação estranha e reagiu. O que vimos em seguida foi um cenário de guerra, com muitos tiros", frisou a testemunha, que não quis se identificar.
De acordo com informações da Polícia Militar, o coronel já comandou o 12º BPM (Niterói), de 14 de abril de 1998 a 23 de março de 1999, e atuou como coordenador de segurança da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap). Spargoli, que comandou também vários presídios do Rio, foi reformado em março de 2007.
A última função dele na PM foi a de comandante do Batalhão de Choque. Ele foi exonerado em outubro do ano passado, após a morte do diretor de Bangu 3, José Roberto Lourenço, quando denunciou na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a falta de escolta policial para diretores de presídios.
O comandante do 4º Comando de Policiamento de Área (4º CPA), coronel Mário Pinto, afirmou que conhecia o oficial desde a época em que prestaram concurso para a PM.
"Era um grande companheiro. Tenho absoluta certeza de que a polícia será rápida na apuração e na prisão dos assassinos", salientou Pinto.
Honras militares marcam sepultamento do corpo do policial no Cemitério do Maruí
O enterro do coronel reformado Francisco Spargoli foi marcado por muita comoção de familiares e amigos de farda. Oito coroas espalhadas pela capela homenagearam o oficial, que era morador do bairro São Lourenço há mais de 40 anos. Com honras militares, o sepultamento aconteceu às 17h40, no Cemitério do Maruí, no Barreto.
A conduta do oficial foi lembrada pelo comandante-geral da PM, coronel Gilson Pitta Lopes.
"Fui discípulo dele. Ele é um oficial completo. Foi instrutor de quase toda a nossa geração. Só tenho a agradecer pelo grande profissional. Ele era muito querido na PM e em Niterói", comentou.
Entre os comandantes que compareceram à solenidade estava o coronel Élson Haubrichs, comandante do 12º BPM (Niterói), que informou que a PM já está trabalhando no caso.
"Desde o primeiro momento, toda a nossa equipe está investigando e esperamos chegar aos culpados logo", disse.
Dignidade – Já o coronel Marcus Jardim, comandante do 1º Comando de Policiamento da Capital (1º CPC) lembrou dos 20 anos em que conviveu com o oficial na corporação.
"Spargoli teve uma vida pública voltada para o compromisso institucional. Ele representou com muita dignidade a PM. Era uma pessoa simples e que mesmo aposentado exerceu a função policial. É uma grande perda para a sociedade", concluiu.
O tenente-coronel Jorge Luiz Alfaia enalteceu a atitude do colega.
"Ele sempre foi uma excelente pessoa e lutou até o fim" disse.(Tamara Ferreira)
O Fluminense
terça-feira, 31 de março de 2009
EM 31 DE MARÇO DE 1964 O BRASIL MUDOU!!!
Antes mesmo de Jango deixar o país, o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, já havia declarado vaga a presidência da República. O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu interinamente a presidência, conforme previsto na Constituição de 1946 e como já ocorrera em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros. O poder real, no entanto, encontrava-se em mãos militares. No dia 2 de abril, o general Costa e Silva enviou uma notificação a todos os comandos militares informando-os que, em virtude de ser o membro do Alto Comando mais antigo, assumia o comando do Exército. Desse modo, Costa e Silva auto-nomeava-se Comandante-em-Chefe do Exército, cargo habitualmente exercido pelo Presidente da República. Costa e Silva organizou, no dia 2, o "Comando Supremo da Revolução", composto por três membros: o brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo (Aeronáutica), o vice-almirante Augusto Rademaker (Marinha) e ele próprio como representante do Exército e homem-forte do triunvirato.
Nesses primeiros dias após o golpe, uma violenta repressão atingiu os setores politicamente mais mobilizados à esquerda no espectro político, como a União Nacional dos Estudantes, a Confederação Geral dos Trabalhadores, as Ligas Camponesas e grupos católicos como a Juventude Universitária Católica (JUC) e a Ação Popular (AP). Milhares de pessoas foram presas de modo irregular, e a ocorrência de casos de tortura foi comum, especialmente no Nordeste. O líder comunista Gregório Bezerra, por exemplo, foi arrastado amarrado pelas ruas de Recife.
O golpe militar foi saudado por importantes setores da sociedade brasileira. Grande parte do empresariado, da imprensa, dos proprietários rurais, da Igreja Católica, vários governadores de estados importantes (como Carlos Lacerda, da Guanabara, Magalhães Pinto, de Minas Gerais, e Ademar de Barros, de São Paulo) e amplos setores de classe média pediram e estimularam a intervenção militar, como modo de pôr fim à ameaça de esquerdização do governo e de se controlar a crise econômica. O golpe também foi recebido com alívio pelo governo norte-americano, satisfeito de ver que o Brasil não seguia o mesmo caminho de Cuba. Os Estados Unidos acompanharam de perto a conspiração e o desenrolar dos acontecimentos, principalmente através de seu embaixador no Brasil, Lincoln Gordon, e do adido militar, Vernon Walters, e haviam decidido, através da secreta "Operação Brother Sam", dar apoio logístico aos militares golpistas, caso estes enfrentassem uma longa resistência por parte de forças leais a Jango.
A falta de resistência ao golpe não deve ser vista como resultado da derrota diante de uma bem-articulada conspiração militar. Foi clara a falta de organização e coordenação entre os militares golpistas. Mais do que uma conspiração única, centralizada e estruturada, a imagem mais fidedigna é a de "ilhas de conspiração", com grupos unidos ideologicamente pela rejeição da política pré-1964, mas com baixo grau de articulação entre si. Não havia um projeto de governo bem definido, além da necessidade de se fazer uma "limpeza" nas instituições e recuperar a economia. O que diferenciava os militares golpistas era a avaliação da profundidade necessária à intervenção militar.
Os militares que apoiaram o golpe justificaram seus atos afirmando que seu objetivo era restaurar a disciplina e a hierarquia nas Forças Armadas e destruir o "perigo comunista" que, imaginavam, pesava sobre o Brasil. Eles também acreditavam que o regime democrático instituído no Brasil após 1945 não fora suficiente para se contrapor a esse inimigo. Os militares, no entanto, sempre enfatizaram, com razão, o fato de que "não estavam sós", isto é, que o golpe de 1964 não foi de sua exclusiva iniciativa, e sim resultado da confluência e do apoio de importantes segmentos da sociedade civil, preocupados com a possibilidade de que a esquerda conquistasse o poder no Brasil.
Já no início da "Revolução" ficou evidente uma característica que permaneceria durante todo o regime militar: a busca de se preservar a unidade por parte dos militares no poder, apesar da existência de conflitos internos nem sempre bem resolvidos. O medo de uma "volta ao passado" (isto é, à realidade política pré-golpe) ou de uma ruptura no interior das Forças Armadas estariam presentes durante os 21 anos em que a instituição militar permaneceu no controle do poder político no Brasil. Mesmo desunidos internamente em muitos momentos, os militares demonstrariam um considerável grau de união sempre que vislumbrassem alguma ameaça "externa" à "Revolução", vinda da oposição política.
Celso Castro
A MIDIA E O GOLPE DE 1964
Venício A. de Lima (Carta Maior – 13/03/2009)
No debate contemporâneo sobre a relação entre história e memória, argumenta-se com propriedade que a história não só é construída pela ação de seres humanos em situações específicas como também por aqueles que escrevem sobre essas ações e dão significado a elas. Sabemos bem disso no Brasil.Ao se aproximar os 45 anos do 1º de abril de 1964 e diante de tentativas recentes de revisar a história da ditadura e reconstruir o seu significado através, inclusive, da criação de um vocabulário novo, é necessário relembrar o papel – para alguns, decisivo – que a grande mídia desempenhou na preparação e sustentação do golpe militar.
Referência clássicaA participação ativa dos grandes grupos de mídia na derrubada do presidente João Goulart é fato histórico fartamente documentado. Creio que a referência clássica continua sendo a tese de doutorado de René A. Dreifuss (infelizmente, já falecido), defendida no Institute of Latin American Studies da University of Glasgow, na Escócia, em 1980 e publicada pela Editora Vozes sob o título “1964: A Conquista do Estado” (7ª. edição, 2008).Através das centenas de páginas do livro de Dreifuss o leitor interessado poderá conhecer quem foram os conspiradores e reconstruir detalhadamente suas atividades, articuladas e coordenadas por duas instituições, fartamente financiadas por interesses empresariais nacionais e estrangeiros (“o bloco multinacional e associado”): o IBAD, Instituto Brasileiro de Ação Democrática e o IPES, Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais.No que se refere especificamente ao papel dos grupos de mídia, sobressai a ação do GOP, Grupo de Opinião Pública ligado ao IPES e constituído por importantes jornalistas e publicitários. O capítulo VI sobre “a campanha ideológica”, traz ampla lista de livros, folhetos e panfletos publicados pelo IPES e uma relação de jornalistas e colunistas a serviço do golpe em diferentes jornais de todo o país. Além disso, Dreyfuss afirma (p. 233):O IPES conseguiu estabelecer um sincronizado assalto à opinião pública. Através de seu relacionamento especial com os mais importantes jornais, rádios e televisões nacionais, como: os Diários Associados, a Folha de São Paulo, o Estado de São Paulo (…) e também a prestigiosa Rádio Eldorado de São Paulo. Entre os demais participantes da campanha incluíam-se (…) a TV Record e a TV Paulista (…), o Correio do Povo (RS), O Globo, das Organizações Globo (…) que também detinha o controle da influente Rádio Globo de alcance nacional. (…) Outros jornais do país se puseram a serviço do IPES. (…) A Tribuna da Imprensa (Rio), as Notícias Populares (SP).Vale lembrar às gerações mais novas que o poder relativo dos Diários Associados no início dos anos 60 era certamente muito maior do que o das Organizações Globo neste início de século XXI. O principal biógrafo de Assis Chateaubriand afirma que ele foi “infinitamente mais forte do que Roberto Marinho” e “construiu o maior império de comunicação que este continente já viu”.
A visão do USIAHá outro estudo, menos conhecido, que merece ser mencionado. Trata-se de pesquisa realizada por Jonathan Lane, Ph. D. em Comunicação por Stanford, ex-funcionário da USIA, United States Information Agency no Brasil, publicado originalmente no Journalism Quarterly, (hoje Journalism & Mass Communication Quarterly), em 1967, e depois no Boletim n. 11 do Departamento de Jornalismo da Bloch Editores, em 1968, (à época, editado por Muniz Sodré) sob o título “Função dos Meios de Comunicação de Massas na Crise Brasileira de 1964”.Lane enfatiza a liberdade de imprensa existente no país e a pressão exercida pelo governo sobre os meios de comunicação utilizando os recursos a seu dispor (empréstimos, licenças para importação de equipamentos, publicidade, concessões de radiodifusão e “recursos de partidos comunistas”). A grande mídia, no entanto, resiste, até porque “o governo não é a única fonte de subsídio com que contam os jornais. Existem outras, interesses conservadores, econômicos e políticos que controlam bancos ou dispõem de outros capitais para influenciar os jornais” (p. 7).O autor, curiosamente, não menciona o IBAD ou o IPES e conclui que as ações do governo João Goulart e da “esquerda” retratadas nos meios de comunicação provocaram um “desgaste da antiga ordem baseada na hierarquia e na disciplina” que se tornou “psicologicamente insuportável” para os chefes militares e para a elite política, levando, então, ao golpe.O artigo de Lane, no entanto, traz um importante conjunto de informações para se identificar a atuação da grande mídia. Tomando como exemplo a cidade do Rio de Janeiro - “o centro de comunicações mais importante” – afirma:“Apesar das armas à disposição do governo, Goulart passou um mau bocado com a maior parte da imprensa. A maioria dos proprietários e diretores dos jornais mais importantes são homens (e mulheres) de linhagem e posição social, que freqüentam os altos círculos sociais de uma sociedade razoavelmente estratificada. Suas idéias são classicamente liberais e não marxistas, e seus interesses conservadores e não revolucionários” (p. 7).No que se refere aos jornais, Lane chama atenção para a existência dos “revolucionários”, de circulação reduzida, como Novos Rumos, Semanário e Classe Operária (comunistas) e Panfleto (Brizolista). O mais importante jornal de “propaganda esquerdista” era Última Hora, “porta-voz do nacionalismo-esquerdista desde o tempo de Vargas”. Já “no centro, algumas apoiando Jango, outras censurando-o, estavam os influentes Diário de Notícias e Correio da Manhã”. E continua:“Enfileirados contra (Jango) razoavelmente e com razoável (sic) constância, encontravam-se O Jornal, principal órgão da grande rede de publicações dos Diários Associados; O Globo, jornal de maior circulação da cidade; e o Jornal do Brasil, jornal influente que se manteve neutro por algum tempo, porém opondo forte resistência a Goulart mais para o fim. A Tribuna da Imprensa, ligada ao principal inimigo político de Goulart, o governador Carlos Lacerda, da Guanabara (na verdade, a cidade do Rio de Janeiro), igualmente se opunha ferrenhamente a Goulart” (pp. 7-8).Quanto ao rádio e à televisão, Lane explica:“Cerca de metade das estações de televisão do país são de propriedade da cadeia dos Diários Associados, que também possui muitas emissoras radiofônicas e jornais em várias cidades. (…) Os meios de comunicação dos Diários Associados, inclusive rádio e tevê, empenharam-se numa campanha coordenada contra a agitação esquerdista, embora não contra Goulart pessoalmente, nos últimos meses que antecederam ao golpe” (p. 8).
Participação ativaA pequena descrição aqui esboçada de dois estudos que partem de perspectivas teóricas e analíticas radicalmente distintas não deixa qualquer dúvida sobre o ativo envolvimento da grande mídia na conspiração golpista de 1964.A relação posterior com o regime militar, sobretudo a partir da vigência da censura prévia iniciada com o AI-5, ao final de 1968, é outra história. Recomendo os estudos de Beatriz Kushnir, “Cães de Guarda – Jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1988” (Boitempo, 2004) e de Bernardo Kucinski, “Jornalistas e Revolucionários nos tempos da imprensa alternativa” (EDUSP, 2ª. edição 2003).As Organizações Globo merecem, certamente, um capítulo especial. Elio Gaspari refere-se ao “mais poderoso conglomerado de comunicações do país” como “aliado e defensor do regime” (Ditadura Escancarada, Cia. das Letras, 2004; p. 452).
Em defesa da democraciaNão são poucos os atores envolvidos no golpe de 1964 – ou seus herdeiros – que continuam vivos e ativos. A grande mídia brasileira, apesar de muitas e importantes mudanças, continua basicamente controlada pelos mesmos grupos familiares, políticos e empresariais.O mundo mudou, o país mudou. Algumas instituições, no entanto, continuam presas ao seu passado. Não nos deve surpreender, portanto, que eventualmente transpareçam suas verdadeiras posições e compromissos, expressos em editoriais, notas ou, pior do que isso, disfarçados na cobertura jornalística cotidiana.Tudo, é claro, sempre feito “em nome e em defesa da democracia”.Por todas essas razões, lembrar e discutir o papel da grande mídia na preparação e sustentação do golpe de 1964 é um dever de todos nós.
sexta-feira, 27 de março de 2009
LULA, bem-vindo ao jornalismo!!!
“A minha cama… é uma folha de jornal” ·
Noel Rosa
Depois de Fidel Castro com suas indispensáveis “Reflexiones del Comandante”, e do presidente da Venezuela, com suas densas argumentações em ”Las líneas de Chávez”, teremos agora a coluna que Lula vai publicar regularmente em jornais espalhados por todo este país, cujo título, conforme está na Mensagem do Executivo enviada ao Congresso, será “O presidente responde”. Talvez poucos jornalistas tenham lido o documento, o que não é raro em se tratando de jornalistas, há muitos que não lêem estes documentos. Será interessante ter na mesma página que ataca o Lula, suas respostas, suas interpretações, e suas análises para fenômenos políticos e sociais..
Trata-se de decisão política relevante, com muitos significados e, sobretudo, abrindo novas janelas para os que lutam para transformar os meios de comunicação, o jornalismo em particular, em instrumentos de civilização e democratização. Primeiramente porque o jornalismo ganha em conteúdo informativo, pois, ninguém duvida, trata-se de um “colega” altamente informado. E ganha também porque raramente alguém com a rica experiência de vida e de história que ele possui, com o olhar crítico popular sobre um jornalismo feito pelas elites e para as elites, tem acesso a escrever.
Não carece repetir a volumosa tendência antilulista predominante no jornalismo atual, o que tem levado o presidente a criticar com alguma freqüência a mídia, a baixaria televisiva e também um certo jornalismo por lhe causar azia. Pois, a decisão de se transformar um colunista político de jornal indica, primeiramente, que Lula dá um novo passo concreto para transformar o panorama comunicativo brasileiro, muito embora até mesmo muitos de seus aliados tenham dificuldades em reconhecer mudanças em curso na área, certamente porque a ditadura midiática rigorosamente hegemônica e onipresente, ofusca, confunde e cega.
Recapitulemos. Em 2002, um Seminário Nacional de Cultura e Comunicação, realizado em 5 regiões do Brasil, produziu um documento chamado “A imaginação a serviço do Brasil”, incorporado como programa na campanha Lula-Presidente daquele ano. Este documento programático foi duramente criticado pela mídia conservadora, Veja à frente, como de inclinação “bolchevique-caipira”.. O documento trazia a proposta da TV Pública a partir da fusão entre Radiobrás e TVE, mais tarde realizada pelo presidente Lula, após convocar o primeiro Fórum Nacional de TVs Públicas ocorrido no Brasil. Trazia ainda a idéia de uma nova relação com as tvs e rádios comunitárias, que só agora, vencendo as dificuldades, começa a se delinear, sobretudo a partir da proposta de descriminalização(rádios-com) e também das várias políticas de audiovisual que podem também alcançar as tvs comunitárias.
Há muitíssimo o que caminhar, mas o sinalizado não está incorreto. Os muitos Pontos de Cultura criados expandem a produção audiovisual comunitária e regional, colocando, é verdade, um bom problema: o de se encontrar espaços de divulgação. Não sem razão a TV Brasil está fazendo a licitação para instalar repetidoras em 200 cidades de grande e médio porte, o que significa sim disputa de audiência. Tímida? Pode ser, mas a direção é corretíssima, confere o que está na Constituição que pede comunicação plural, regionalizada, educativa e civilizatória. Sim, mas tem que chegar aos grotões. Sei o quanto é difícil pedir paciência em comunicação diante do pavoroso audiovisual embrutecedor, mas o fundamental agora é ajudar a construir esta TV Brasil e até muitos dos críticos já se calaram……
Pois, Lula agora vai um pouco mais além: ele próprio transforma-se em colunista de jornal o que de certo modo já responde a uma descabido pito acadêmico que erroneamente considerou sua crítica a um jornalismo que faz mal ao fígado, como se fosse elogio à não-leitura. Se desprezasse a leitura, não se transformaria ele próprio em jornalista, disposto com o gesto a enfrentar o debate pouco equilibrado em curso no jornalismo brasileiro, com os conglomerados midiáticos unidos numa linha editorial predominantemente oposicionista ao seu governo.
Se o próprio presidente da república sente a necessidade de responder ele próprio às desinformações e manipulações ou às sonegações praticadas pela grande mídia contra si e seus atos - inclusive aquela que recebe enorme quantidade recursos financeiros do governo que ataca, até mesmo para produzir, por exemplo, programas como o Telecurso , de boa qualidade educativa, mas inexplicavelmente exibido de madrugada - imagine-se a vulnerabilidade do cidadão comum indefeso diante do poderio demolidor imagético dos meios.!!!!
Vargas, Lula e a comunicação
Lições da história, os presidentes mudam a comunicação. Casos positivos: Perón criou a TV que já nasceu pública na Argentina; Guevara tomou o exemplo da Agência Latina de Perón e criou a Agência Prensa Latina em Cuba: o general Alvarado no Peru foi além nacionalizando os meios de comunicação e entregando-os aos sindicatos que, sem saber operá-los, os devolveu ao Estado. Chávez criou a Telesur. A grande transformação comunicativa de sentido público havida no Brasil ocorreu na Era Vargas. Juntamente com a industrialização, a nacionalização do sub-solo, a criação das empresas estatais estratégicas, do Instituto do Açúcar e do Álcool para abrir a era da energia da biomassa, e da legislação trabalhista que começava a tirar os trabalhadores da senzala oligárquica do direito trabalhista-zero, Vargas sentiu também a necessidade de mudanças no plano comunicativo e cultural. Tendo criado o Instituto Nacional do Livro, o Instituto Nacional do Cinema, do Teatro, o ensino público obrigatório, o presidente gaúcho, que também havia sido redator de jornal no movimento estudantil, assume a criação da Rádio Nacional, da Rádio Mauá - a Emissora do Trabalhador - do jornal A Manhã, a União, na Paraíba, tendo inclusive nacionalizado outros periódicos como “A Noite” e, até mesmo “O Estado de São Paulo”, durante o período em que o Tenente João Alberto, ex-integrante da Coluna Prestes esteve à frente do Governo Paulista.
Vargas criou ainda outras publicações, mas duas delas merecem registro: “O Pensamento da América”, destinado à integração latino-americana e a Revista Cultura, cuja excelência, em ambas, devia-se à qualidade de seu quadro de redatores, entre os quais Carlos Drummond de Andrade, Gustavo Capanema, Nestor de Hollanda, Clarice Lispector, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, etc Estas publicações desapareceram soterradas pela mesma ação demolidora do patrimônio nacional que buscou acabar com a Era Vargas.
É verdade que o sindicalista Lula fez muitas críticas a Vargas, quiçá pela proximidade que tinha com uma certa sociologia paulista, inspirada em valores coloniais-oligárquicos, que mais tarde veio a privatizar a Vale do Rio Doce, a CSN, a Telebrás, a Portobrás, e, em boa medida a Petrobrás. Tentaram rebatizá-la de PetrobráX, lembram-se? Faz muito tempo, Lula chegou mesmo a declarar que “se Vargas era o pai dos pobres, era a mãe dos ricos”. Talvez, com a experiência de quem tem que tocar o barco, não as repita hoje. Basta dizer, é o próprio presidente que hoje fala que nunca antes os banqueiros ganharam tanto dinheiro como em seu próprio governo.
Mais importante é, debaixo do tiroteio das declarações, numa caminhada de décadas, que fazem a alegria de uma mídia que quer condenar para todo o sempre a Era Vargas, descobrir linhas de coincidências históricas entre Vargas e Lula. Lembrando que Lula chegou a se emocionar quando visitou o túmulo de Vargas em São Borja, acompanhado de Leonel Brizola. E , mais recentemente, baixou decreto criando a Semana Vargas para que, segundo explicou, todos conheçam profundamente a obra daquele que foi o maior dos presidentes. Declaração dele.
Pois se Vargas criou a Rádio Nacional, a Rádio Mauá, a Voz do Brasil - instrumento de democratização da informação via rádio acessível a uma esmagadora maioria de brasileiros que ainda hoje, como há décadas, continua proibida da leitura de jornal . Lula, com o mesmo sentido histórico, criou a TV Brasil, a tv pública brasileira, cujo projeto estava sendo trabalhado por Vargas como desdobramento da Rádio Nacional, tendo sido sepultado junto com o gaúcho, para a alegria do capital estrangeiro, das oligarquias nacionais, dos inimigos eternos dos direitos trabalhistas e também da comunicação pública. Hoje continuam tramando contra a Voz do Brasil, atacam o jornalismo chapa-branca, mas perdoam o jornalismo chapa-oligopólio.
Há outras identidades, mantidas as diferenças de épocas históricas: Vargas deu início ao pró-alcool, montou o trem do álcool, Lula o retoma , o valoriza, o expande contra a pressão das potências estrangeiras, ambos os presidentes buscando a independência nacional energética. Vargas concretizou a campanha “O petróleo é nosso”, Lula afirma agora que “o Petróleo Pré-Sal é do povo brasileiro não das transnacionais” , as mesmas que levaram Vargas ao suicídio-golpe. E ainda convocou a UNE a sair ás ruas para uma nova campanha “O petróleo é nosso”. Vargas criou o BNDES, o maior banco de fomento do mundo, que FHC usou contra o Brasil na privataria, mas não conseguiu demolir. Lula recupera parcialmente a função social do BNDES, o fortalece enormemente, fortalece o sistema financeiro público. Outras coincidências: a política externa da Era Vargas, como a da Era Lula, afirmativas da integração latino-americana, da soberania nacional, da independência, não são de tirar os sapatos e rebaixar-se ante ordens de qualquer guardinha de alfândega dos EUA……
Jornal Público
Como o tema é comunicação, a partir da decisão de Lula tornar-se colunista, somos levados a pensar num sentido histórico para acreditar que estão sendo criadas as condições para que o mesmo desejo do presidente de democratizar informações, de intensificar o debate democrático de idéias possa ser feito não apenas com sua coluna, mas com a criação de novos instrumentos de comunicação dirigidos à grande massa que continua proibida de ler jornal. Ou seja, uma idéia leva à outra.
Se somadas todas as tiragens dos pouco mais de 300 jornais diários existentes no Brasil hoje não alcançamos o número de 7 milhões de exemplares. Ou seja, temos no Brasil indigência de leitura de jornais. Temos aí uma charada que o mercado, por si só, mostrou-se incapaz de resolver: como levar os brasileiros a ter pleno acesso à leitura, tornar acessível a eles uma tecnologia do século 16, a imprensa de Gutemberg.?
Seja bem-vindo o presidente Lula ao mundo do jornalismo, até porque com certeza se ocupará mais diretamente dos desafios da comunicação que ainda fazem com que o Brasil seja um país com informação controlada por uma ditadura vídeo-financeira. Apesar de que exista uma capacidade ociosa crônica de 50 por cento de nossa indústria gráfica, parada enquanto o povo não tem o que ler! Isto ilustra quando Lula diz que ainda não resolvemos problemas de outro século….
Lula e Evo: identidades no social
Quem sabe o colunista Lula não esteja já pensando - diante da expectativa positiva que criou ao anunciar que suas próprias palavras serão reproduzidas em centenas de jornais - em como superar os limites impostos pelo sistema de proibição da leitura. Diante de dilema similar de uma mídia de corte oligárquico, que ignora até mesmo que a Bolívia é hoje considerado “Território Livre do Analfabetismo” pela Unesco ou que já retomou corajosamente o controle nacional sobre suas riquezas minerais, Evo Morales viu-se impelido a lançar um jornal do poder público, já que o “livre jogo do mercado” conduz apenas à concentração, a um jornal para as minorias e a uma linha editorial rigorosamente antipatriótica. Mercado não democratiza, mercado concentra, carteliza, exclui, discrimina, sonega, embrutece…. Como hoje até mesmo os inimigos do estado estão agora “convertidos” a reconhecer o estado como solução para a grande crise do capitalismo, no campo da comunicação podemos trabalhar com ainda mais desenvoltura as teses que reivindicam mais protagonismo do estado: só o fortalecimento da comunicação pública, sua qualificação, sua capacidade de disputar audiência, leitores, poderá finalmente possibilitar que a invenção de Gutemberg seja acessível a todos os brasileiros, como aos bolivianos. Evo alfabetiza e democratiza a leitura. Lula cria a universidade da integração latino-americana UNILA e torna o ensino do espanhol obrigatório. Muitas identidades. A coluna de jornal de Lula é apenas o primeiro passo, no sentido correto.
Que não se diga que os poderes públicos não podem editar jornal!!!. Será um decreto escrito nas estrelas? Ué, por que os críticos não ficam esbaforidos, nem indignados com o fato de que é o estado que banca grande parte do jornalismo privado?. Mas, jornalismo público, não??? Aí seria um crime????? Na França existe um jornal editado pela Previdência Social que chega a todos os segurados e não apenas com notícias previdenciárias. É um jornal, traz notícias, do país, do mundo, do futebol, das cidades, do clima, da economia, da cultura. Por que será impossível pensar que o Programa Bolsa Família, que leva farinha, café, macarrão a 13 milhões de famílias não pode também levar um jornal, talvez o único que os brasileiros pobres possam segurar em suas mãos não para forrar banheiro ou para servir de cama como na música de Noel Rosa. Mas, um jornal que respeite os mais pobres como cidadãos, que lhes traga informação sobre a vida, sobre o funcionamento da economia que eles, os mais pobres, movimentam.Um novo jornalismo precisa ser criado para falar não apenas de bolsa de valores que ninguém sabe o que é, mas para falar do preço da latinha e do papelão que movem milhões de seres na economia dos recicláveis . Que não fale apenas de crimes, mas fale dos programas públicos, das oportunidades, da música popular, dos heróis nacionais. Que explique sobre medidas simples para a prevenção de doenças contagiosas, como o câncer de pênis, que pode ser prevenido em boa medida com informação em saúde, mas que os jornais sustentados por anúncios da indústria de medicamentos não querem divulgar. Que lhes dê a oportunidade de criar finalmente um hábito de leitura, convenhamos que isto é impossível se não existe um jornal de distribuição gratuita, com linguagem simples e clara - não nos faltará talento para isto, afinal já demos um Monteiro Lobato, um Paulo Freire, um Ariano Suassuna, somos um país de preciosos cordelistas e payadores, mas que não têm onde escrever.
PAC da informação e da cultura
Este é o grande desafio: está muito bem que Lula seja colunista de jornal, sobretudo por ser cidadão de excepcional inteligência política - muito mais bem informado do que os mais bem informados jornalistas - e com sua capacidade de discernimento e leitura do mundo e de escrever uma outra história política para o povo brasileiro ao ter criado instrumentos, a Cut e o PT, que estimularam a participação direta dos mais pobres e excluídos na vida política e nos destinos do País. Mas, esta coluna precisa também de um jornal para que seja lida por milhões, distribuído pelo mesmo mecanismo do Bolsa Família, pelas Redes do SUS, pelos sindicatos, fábricas, estádios de futebol, metrôs, ônibus e trens. Já que Lula se animou a entrar no jornalismo, tomara que seja o preâmbulo de um esforço para criar, além da TV Brasil, um jornal para os milhões de brasileiros proibidos da leitura. Aliás, a EBC é empresa de comunicação, não apenas de rádio e de televisão.
Esta proposta já havia sido levada pelo Sindicato dos Jornalistas do DF ao Congresso Nacional da categoria: um Programa Público de Popularização da Leitura e Edição de Jornal, aproveitando a capacidade ociosa da indústria gráfica. É o PAC da informação e da cultura. Gera emprego, mas sobretudo, gera um cidadão novo, informado, cidadão completo. “A gente não quer só comida”, diz a música. Ou como diz o meu chará “Saciar a fome de pão e a fome de poesia também”. Aquela masturbação acadêmica que procura a porta de saída do Bolsa-Família certamente não poderia rejeitar: além de nutridos, seres humanos com acesso à leitura, para enxergar mais longe na vida e na história.. Os acadêmicos conservadores criticam o povo que não lê, então não podem rechaçar, devem apoiar, que se trabalhe para demolir o sistema de proibição da leitura né?
Que não se venha a inverter o verdadeiro debate falando de diploma: o desafio é criar um jornal para milhões. Se o Bolsa Família é dos maiores programas sociais do mundo, que ele seja enriquecido com a oferta de um jornal respeitoso ao pobre, civilizador, educativo, lúdico e informativo.
Quanto a diploma, é indispensável sim uma regulamentação, mas uma que permita à classes populares o exercício do jornalismo. Fica o tema para debate, mas definitivamente, o colunista Lula está dentro da lei, além do que seu único diploma, como declarou de modo comovedor, é o diploma de Presidente da República que lhe foi dado por 63 milhões de eleitores-professores.
Beto Almeida
Diretor da Telesur
quarta-feira, 25 de março de 2009
PRESIDENTE LULA PROCURA SOLUÇÕES COM OBAMA
“Nós estamos convencidos que esta crise econômica pode ser resolvida com decisões políticas”, afirma Lula
Com um clima de muita descontração, a visita de Lula a Washington pode ser considerada o primeiro passo de Obama na política americana com relação aos países da América do Sul.
domingo, 22 de março de 2009
VERDADEIRO EXEMPLO DE MULHER
Foi realizada na manhã da última quinta-feira, dia 19, a eleição da diretoria da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo – OMPETRO, quando o prefeito Marquinho Mendes foi eleito o secretário; a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, foi eleita presidente; e o prefeito de Quissamã, Armando Carneiro, tesoureiro.
Logo após a leitura da prestação de contas do presidente anterior, Armando Carneiro, o novo secretário da OMPETRO, Marquinho Mendes, alertou para a necessidade de manter vigilância permanente contra as tentativas de redistribuição dos recursos dos royalties, lembrando que eles são uma compensação financeira pelos riscos a que estão expostos os municípios com projeção sobre a plataforma marítima, onde são feitas operações de retirada de petróleo. Observou, ainda, que houve redução drástica do repasse desses recursos aos municípios participantes da OMPETRO em função da crise mundial e da queda dos preços do petróleo.
Segundo o Coordenador de Indústria e Comércio de Cabo Frio, Ricardo Azevedo, o município recebeu em 2008 cerca R$ 200 milhões, sendo R$ 144 milhões referentes aos repasses mensais e R$ 56 milhões relativos a participação especial. Para 2009, a previsão é de que o município receba o total de R$ 82 milhões referentes aos repasses mensais e mais R$ 24 milhões de participação especial – uma redução de cerca de 50%. O município de Armação dos Búzios recebeu R$ 65 milhões no total em 2008 e a previsão para 2009 é de R$ 34 milhões. Campos recebeu R$ 1,18 bilhão de royalties em 2008 e terá que contentar-se com R$ 726 milhões em 2009, segundo a previsão da Organização.
Estiveram presentes à reunião, acompanhando o prefeito Marquinho Mendes, o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Carlos Victor e o Coordenador Municipal de Indústria e Comércio, Ricardo Azevedo.
Ralph Bravo-- SECOM Cabo Frio
sábado, 21 de março de 2009
EX.GOVERNADORA ELEITA COM LOUVOR PRESIDENTE DA OMPETRO
A prefeita de Campos Rosinha Garotinho foi eleita por unanimidade presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), através de votação na manhã de ontem, em reunião no município de Quissamã, no Norte do Estado.
Participaram seis prefeitos e três representantes de prefeituras. O secretário geral será o prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes, com Armando Carneiro, de Quissamã, que presidia a Ompetro, assumindo a função de tesoureiro.
A Ompetro envolve dez municípios do Estado do Rio de Janeiro: Campos, São João da Barra, Macaé, Rio das Ostras, Quissamã, Carapebus, Casimiro de Abreu, Búzios, Cabo Frio e Niterói.