terça-feira, 31 de março de 2009


EM 31 DE MARÇO DE 1964 O BRASIL MUDOU!!!

O golpe militar foi deflagrado na madrugada do dia 31 de março, com a movimentação de tropas comandadas pelo general Olímpio Mourão Filho, no estado de Minas Gerais, que saíram em direção ao Rio de Janeiro. A falta de reação do governo e dos grupos que lhe davam apoio foi notável. Não se conseguiu articular uma reação dos militares legalistas. Também fracassou uma greve geral proposta pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) em apoio ao governo. João Goulart, em busca de segurança, viajou no dia 1o de abril do Rio, onde se encontrava no momento do golpe, para Brasília, e em seguida para Porto Alegre, onde Leonel Brizola tentava organizar a resistência, com apoio de oficiais legalistas, a exemplo do que ocorrera na Cadeia da Legalidade, em 1961. Apesar da insistência de Brizola, Jango desistiu de um confronto militar com os golpistas e seguiu para o exílio no Uruguai, de onde só retornaria ao Brasil para ser sepultado, em 1976.
Antes mesmo de Jango deixar o país, o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, já havia declarado vaga a presidência da República. O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu interinamente a presidência, conforme previsto na Constituição de 1946 e como já ocorrera em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros. O poder real, no entanto, encontrava-se em mãos militares. No dia 2 de abril, o general Costa e Silva enviou uma notificação a todos os comandos militares informando-os que, em virtude de ser o membro do Alto Comando mais antigo, assumia o comando do Exército. Desse modo, Costa e Silva auto-nomeava-se Comandante-em-Chefe do Exército, cargo habitualmente exercido pelo Presidente da República. Costa e Silva organizou, no dia 2, o "Comando Supremo da Revolução", composto por três membros: o brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo (Aeronáutica), o vice-almirante Augusto Rademaker (Marinha) e ele próprio como representante do Exército e homem-forte do triunvirato.
Nesses primeiros dias após o golpe, uma violenta repressão atingiu os setores politicamente mais mobilizados à esquerda no espectro político, como a União Nacional dos Estudantes, a Confederação Geral dos Trabalhadores, as Ligas Camponesas e grupos católicos como a Juventude Universitária Católica (JUC) e a Ação Popular (AP). Milhares de pessoas foram presas de modo irregular, e a ocorrência de casos de tortura foi comum, especialmente no Nordeste. O líder comunista Gregório Bezerra, por exemplo, foi arrastado amarrado pelas ruas de Recife.
O golpe militar foi saudado por importantes setores da sociedade brasileira. Grande parte do empresariado, da imprensa, dos proprietários rurais, da Igreja Católica, vários governadores de estados importantes (como Carlos Lacerda, da Guanabara, Magalhães Pinto, de Minas Gerais, e Ademar de Barros, de São Paulo) e amplos setores de classe média pediram e estimularam a intervenção militar, como modo de pôr fim à ameaça de esquerdização do governo e de se controlar a crise econômica. O golpe também foi recebido com alívio pelo governo norte-americano, satisfeito de ver que o Brasil não seguia o mesmo caminho de Cuba. Os Estados Unidos acompanharam de perto a conspiração e o desenrolar dos acontecimentos, principalmente através de seu embaixador no Brasil, Lincoln Gordon, e do adido militar, Vernon Walters, e haviam decidido, através da secreta "Operação Brother Sam", dar apoio logístico aos militares golpistas, caso estes enfrentassem uma longa resistência por parte de forças leais a Jango.
A falta de resistência ao golpe não deve ser vista como resultado da derrota diante de uma bem-articulada conspiração militar. Foi clara a falta de organização e coordenação entre os militares golpistas. Mais do que uma conspiração única, centralizada e estruturada, a imagem mais fidedigna é a de "ilhas de conspiração", com grupos unidos ideologicamente pela rejeição da política pré-1964, mas com baixo grau de articulação entre si. Não havia um projeto de governo bem definido, além da necessidade de se fazer uma "limpeza" nas instituições e recuperar a economia. O que diferenciava os militares golpistas era a avaliação da profundidade necessária à intervenção militar.
Os militares que apoiaram o golpe justificaram seus atos afirmando que seu objetivo era restaurar a disciplina e a hierarquia nas Forças Armadas e destruir o "perigo comunista" que, imaginavam, pesava sobre o Brasil. Eles também acreditavam que o regime democrático instituído no Brasil após 1945 não fora suficiente para se contrapor a esse inimigo. Os militares, no entanto, sempre enfatizaram, com razão, o fato de que "não estavam sós", isto é, que o golpe de 1964 não foi de sua exclusiva iniciativa, e sim resultado da confluência e do apoio de importantes segmentos da sociedade civil, preocupados com a possibilidade de que a esquerda conquistasse o poder no Brasil.
Já no início da "Revolução" ficou evidente uma característica que permaneceria durante todo o regime militar: a busca de se preservar a unidade por parte dos militares no poder, apesar da existência de conflitos internos nem sempre bem resolvidos. O medo de uma "volta ao passado" (isto é, à realidade política pré-golpe) ou de uma ruptura no interior das Forças Armadas estariam presentes durante os 21 anos em que a instituição militar permaneceu no controle do poder político no Brasil. Mesmo desunidos internamente em muitos momentos, os militares demonstrariam um considerável grau de união sempre que vislumbrassem alguma ameaça "externa" à "Revolução", vinda da oposição política.
Celso Castro

A MIDIA E O GOLPE DE 1964

Ao se aproximar os 45 anos do 1º de abril de 1964 e diante de tentativas recentes de revisar a história da ditadura e reconstruir o seu significado através, inclusive, da criação de um vocabulário novo, é necessário relembrar o papel – para alguns, decisivo – que a grande mídia desempenhou na preparação e sustentação do golpe militar. A análise é de Venício A. de Lima.
Venício A. de Lima (Carta Maior – 13/03/2009)
No debate contemporâneo sobre a relação entre história e memória, argumenta-se com propriedade que a história não só é construída pela ação de seres humanos em situações específicas como também por aqueles que escrevem sobre essas ações e dão significado a elas. Sabemos bem disso no Brasil.Ao se aproximar os 45 anos do 1º de abril de 1964 e diante de tentativas recentes de revisar a história da ditadura e reconstruir o seu significado através, inclusive, da criação de um vocabulário novo, é necessário relembrar o papel – para alguns, decisivo – que a grande mídia desempenhou na preparação e sustentação do golpe militar.
Referência clássicaA participação ativa dos grandes grupos de mídia na derrubada do presidente João Goulart é fato histórico fartamente documentado. Creio que a referência clássica continua sendo a tese de doutorado de René A. Dreifuss (infelizmente, já falecido), defendida no Institute of Latin American Studies da University of Glasgow, na Escócia, em 1980 e publicada pela Editora Vozes sob o título “1964: A Conquista do Estado” (7ª. edição, 2008).Através das centenas de páginas do livro de Dreifuss o leitor interessado poderá conhecer quem foram os conspiradores e reconstruir detalhadamente suas atividades, articuladas e coordenadas por duas instituições, fartamente financiadas por interesses empresariais nacionais e estrangeiros (“o bloco multinacional e associado”): o IBAD, Instituto Brasileiro de Ação Democrática e o IPES, Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais.No que se refere especificamente ao papel dos grupos de mídia, sobressai a ação do GOP, Grupo de Opinião Pública ligado ao IPES e constituído por importantes jornalistas e publicitários. O capítulo VI sobre “a campanha ideológica”, traz ampla lista de livros, folhetos e panfletos publicados pelo IPES e uma relação de jornalistas e colunistas a serviço do golpe em diferentes jornais de todo o país. Além disso, Dreyfuss afirma (p. 233):O IPES conseguiu estabelecer um sincronizado assalto à opinião pública. Através de seu relacionamento especial com os mais importantes jornais, rádios e televisões nacionais, como: os Diários Associados, a Folha de São Paulo, o Estado de São Paulo (…) e também a prestigiosa Rádio Eldorado de São Paulo. Entre os demais participantes da campanha incluíam-se (…) a TV Record e a TV Paulista (…), o Correio do Povo (RS), O Globo, das Organizações Globo (…) que também detinha o controle da influente Rádio Globo de alcance nacional. (…) Outros jornais do país se puseram a serviço do IPES. (…) A Tribuna da Imprensa (Rio), as Notícias Populares (SP).Vale lembrar às gerações mais novas que o poder relativo dos Diários Associados no início dos anos 60 era certamente muito maior do que o das Organizações Globo neste início de século XXI. O principal biógrafo de Assis Chateaubriand afirma que ele foi “infinitamente mais forte do que Roberto Marinho” e “construiu o maior império de comunicação que este continente já viu”.
A visão do USIAHá outro estudo, menos conhecido, que merece ser mencionado. Trata-se de pesquisa realizada por Jonathan Lane, Ph. D. em Comunicação por Stanford, ex-funcionário da USIA, United States Information Agency no Brasil, publicado originalmente no Journalism Quarterly, (hoje Journalism & Mass Communication Quarterly), em 1967, e depois no Boletim n. 11 do Departamento de Jornalismo da Bloch Editores, em 1968, (à época, editado por Muniz Sodré) sob o título “Função dos Meios de Comunicação de Massas na Crise Brasileira de 1964”.Lane enfatiza a liberdade de imprensa existente no país e a pressão exercida pelo governo sobre os meios de comunicação utilizando os recursos a seu dispor (empréstimos, licenças para importação de equipamentos, publicidade, concessões de radiodifusão e “recursos de partidos comunistas”). A grande mídia, no entanto, resiste, até porque “o governo não é a única fonte de subsídio com que contam os jornais. Existem outras, interesses conservadores, econômicos e políticos que controlam bancos ou dispõem de outros capitais para influenciar os jornais” (p. 7).O autor, curiosamente, não menciona o IBAD ou o IPES e conclui que as ações do governo João Goulart e da “esquerda” retratadas nos meios de comunicação provocaram um “desgaste da antiga ordem baseada na hierarquia e na disciplina” que se tornou “psicologicamente insuportável” para os chefes militares e para a elite política, levando, então, ao golpe.O artigo de Lane, no entanto, traz um importante conjunto de informações para se identificar a atuação da grande mídia. Tomando como exemplo a cidade do Rio de Janeiro - “o centro de comunicações mais importante” – afirma:“Apesar das armas à disposição do governo, Goulart passou um mau bocado com a maior parte da imprensa. A maioria dos proprietários e diretores dos jornais mais importantes são homens (e mulheres) de linhagem e posição social, que freqüentam os altos círculos sociais de uma sociedade razoavelmente estratificada. Suas idéias são classicamente liberais e não marxistas, e seus interesses conservadores e não revolucionários” (p. 7).No que se refere aos jornais, Lane chama atenção para a existência dos “revolucionários”, de circulação reduzida, como Novos Rumos, Semanário e Classe Operária (comunistas) e Panfleto (Brizolista). O mais importante jornal de “propaganda esquerdista” era Última Hora, “porta-voz do nacionalismo-esquerdista desde o tempo de Vargas”. Já “no centro, algumas apoiando Jango, outras censurando-o, estavam os influentes Diário de Notícias e Correio da Manhã”. E continua:“Enfileirados contra (Jango) razoavelmente e com razoável (sic) constância, encontravam-se O Jornal, principal órgão da grande rede de publicações dos Diários Associados; O Globo, jornal de maior circulação da cidade; e o Jornal do Brasil, jornal influente que se manteve neutro por algum tempo, porém opondo forte resistência a Goulart mais para o fim. A Tribuna da Imprensa, ligada ao principal inimigo político de Goulart, o governador Carlos Lacerda, da Guanabara (na verdade, a cidade do Rio de Janeiro), igualmente se opunha ferrenhamente a Goulart” (pp. 7-8).Quanto ao rádio e à televisão, Lane explica:“Cerca de metade das estações de televisão do país são de propriedade da cadeia dos Diários Associados, que também possui muitas emissoras radiofônicas e jornais em várias cidades. (…) Os meios de comunicação dos Diários Associados, inclusive rádio e tevê, empenharam-se numa campanha coordenada contra a agitação esquerdista, embora não contra Goulart pessoalmente, nos últimos meses que antecederam ao golpe” (p. 8).
Participação ativaA pequena descrição aqui esboçada de dois estudos que partem de perspectivas teóricas e analíticas radicalmente distintas não deixa qualquer dúvida sobre o ativo envolvimento da grande mídia na conspiração golpista de 1964.A relação posterior com o regime militar, sobretudo a partir da vigência da censura prévia iniciada com o AI-5, ao final de 1968, é outra história. Recomendo os estudos de Beatriz Kushnir, “Cães de Guarda – Jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1988” (Boitempo, 2004) e de Bernardo Kucinski, “Jornalistas e Revolucionários nos tempos da imprensa alternativa” (EDUSP, 2ª. edição 2003).As Organizações Globo merecem, certamente, um capítulo especial. Elio Gaspari refere-se ao “mais poderoso conglomerado de comunicações do país” como “aliado e defensor do regime” (Ditadura Escancarada, Cia. das Letras, 2004; p. 452).
Em defesa da democraciaNão são poucos os atores envolvidos no golpe de 1964 – ou seus herdeiros – que continuam vivos e ativos. A grande mídia brasileira, apesar de muitas e importantes mudanças, continua basicamente controlada pelos mesmos grupos familiares, políticos e empresariais.O mundo mudou, o país mudou. Algumas instituições, no entanto, continuam presas ao seu passado. Não nos deve surpreender, portanto, que eventualmente transpareçam suas verdadeiras posições e compromissos, expressos em editoriais, notas ou, pior do que isso, disfarçados na cobertura jornalística cotidiana.Tudo, é claro, sempre feito “em nome e em defesa da democracia”.Por todas essas razões, lembrar e discutir o papel da grande mídia na preparação e sustentação do golpe de 1964 é um dever de todos nós.


sexta-feira, 27 de março de 2009

LULA, bem-vindo ao jornalismo!!!


LULA
“A minha cama… é uma folha de jornal” ·
Noel Rosa


Depois de Fidel Castro com suas indispensáveis “Reflexiones del Comandante”, e do presidente da Venezuela, com suas densas argumentações em ”Las líneas de Chávez”, teremos agora a coluna que Lula vai publicar regularmente em jornais espalhados por todo este país, cujo título, conforme está na Mensagem do Executivo enviada ao Congresso, será “O presidente responde”. Talvez poucos jornalistas tenham lido o documento, o que não é raro em se tratando de jornalistas, há muitos que não lêem estes documentos. Será interessante ter na mesma página que ataca o Lula, suas respostas, suas interpretações, e suas análises para fenômenos políticos e sociais..
Trata-se de decisão política relevante, com muitos significados e, sobretudo, abrindo novas janelas para os que lutam para transformar os meios de comunicação, o jornalismo em particular, em instrumentos de civilização e democratização. Primeiramente porque o jornalismo ganha em conteúdo informativo, pois, ninguém duvida, trata-se de um “colega” altamente informado. E ganha também porque raramente alguém com a rica experiência de vida e de história que ele possui, com o olhar crítico popular sobre um jornalismo feito pelas elites e para as elites, tem acesso a escrever.
Não carece repetir a volumosa tendência antilulista predominante no jornalismo atual, o que tem levado o presidente a criticar com alguma freqüência a mídia, a baixaria televisiva e também um certo jornalismo por lhe causar azia. Pois, a decisão de se transformar um colunista político de jornal indica, primeiramente, que Lula dá um novo passo concreto para transformar o panorama comunicativo brasileiro, muito embora até mesmo muitos de seus aliados tenham dificuldades em reconhecer mudanças em curso na área, certamente porque a ditadura midiática rigorosamente hegemônica e onipresente, ofusca, confunde e cega.
Recapitulemos. Em 2002, um Seminário Nacional de Cultura e Comunicação, realizado em 5 regiões do Brasil, produziu um documento chamado “A imaginação a serviço do Brasil”, incorporado como programa na campanha Lula-Presidente daquele ano. Este documento programático foi duramente criticado pela mídia conservadora, Veja à frente, como de inclinação “bolchevique-caipira”.. O documento trazia a proposta da TV Pública a partir da fusão entre Radiobrás e TVE, mais tarde realizada pelo presidente Lula, após convocar o primeiro Fórum Nacional de TVs Públicas ocorrido no Brasil. Trazia ainda a idéia de uma nova relação com as tvs e rádios comunitárias, que só agora, vencendo as dificuldades, começa a se delinear, sobretudo a partir da proposta de descriminalização(rádios-com) e também das várias políticas de audiovisual que podem também alcançar as tvs comunitárias.
Há muitíssimo o que caminhar, mas o sinalizado não está incorreto. Os muitos Pontos de Cultura criados expandem a produção audiovisual comunitária e regional, colocando, é verdade, um bom problema: o de se encontrar espaços de divulgação. Não sem razão a TV Brasil está fazendo a licitação para instalar repetidoras em 200 cidades de grande e médio porte, o que significa sim disputa de audiência. Tímida? Pode ser, mas a direção é corretíssima, confere o que está na Constituição que pede comunicação plural, regionalizada, educativa e civilizatória. Sim, mas tem que chegar aos grotões. Sei o quanto é difícil pedir paciência em comunicação diante do pavoroso audiovisual embrutecedor, mas o fundamental agora é ajudar a construir esta TV Brasil e até muitos dos críticos já se calaram……
Pois, Lula agora vai um pouco mais além: ele próprio transforma-se em colunista de jornal o que de certo modo já responde a uma descabido pito acadêmico que erroneamente considerou sua crítica a um jornalismo que faz mal ao fígado, como se fosse elogio à não-leitura. Se desprezasse a leitura, não se transformaria ele próprio em jornalista, disposto com o gesto a enfrentar o debate pouco equilibrado em curso no jornalismo brasileiro, com os conglomerados midiáticos unidos numa linha editorial predominantemente oposicionista ao seu governo.
Se o próprio presidente da república sente a necessidade de responder ele próprio às desinformações e manipulações ou às sonegações praticadas pela grande mídia contra si e seus atos - inclusive aquela que recebe enorme quantidade recursos financeiros do governo que ataca, até mesmo para produzir, por exemplo, programas como o Telecurso , de boa qualidade educativa, mas inexplicavelmente exibido de madrugada - imagine-se a vulnerabilidade do cidadão comum indefeso diante do poderio demolidor imagético dos meios.!!!!

Vargas, Lula e a comunicação

Lições da história, os presidentes mudam a comunicação. Casos positivos: Perón criou a TV que já nasceu pública na Argentina; Guevara tomou o exemplo da Agência Latina de Perón e criou a Agência Prensa Latina em Cuba: o general Alvarado no Peru foi além nacionalizando os meios de comunicação e entregando-os aos sindicatos que, sem saber operá-los, os devolveu ao Estado. Chávez criou a Telesur. A grande transformação comunicativa de sentido público havida no Brasil ocorreu na Era Vargas. Juntamente com a industrialização, a nacionalização do sub-solo, a criação das empresas estatais estratégicas, do Instituto do Açúcar e do Álcool para abrir a era da energia da biomassa, e da legislação trabalhista que começava a tirar os trabalhadores da senzala oligárquica do direito trabalhista-zero, Vargas sentiu também a necessidade de mudanças no plano comunicativo e cultural. Tendo criado o Instituto Nacional do Livro, o Instituto Nacional do Cinema, do Teatro, o ensino público obrigatório, o presidente gaúcho, que também havia sido redator de jornal no movimento estudantil, assume a criação da Rádio Nacional, da Rádio Mauá - a Emissora do Trabalhador - do jornal A Manhã, a União, na Paraíba, tendo inclusive nacionalizado outros periódicos como “A Noite” e, até mesmo “O Estado de São Paulo”, durante o período em que o Tenente João Alberto, ex-integrante da Coluna Prestes esteve à frente do Governo Paulista.
Vargas criou ainda outras publicações, mas duas delas merecem registro: “O Pensamento da América”, destinado à integração latino-americana e a Revista Cultura, cuja excelência, em ambas, devia-se à qualidade de seu quadro de redatores, entre os quais Carlos Drummond de Andrade, Gustavo Capanema, Nestor de Hollanda, Clarice Lispector, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, etc Estas publicações desapareceram soterradas pela mesma ação demolidora do patrimônio nacional que buscou acabar com a Era Vargas.
É verdade que o sindicalista Lula fez muitas críticas a Vargas, quiçá pela proximidade que tinha com uma certa sociologia paulista, inspirada em valores coloniais-oligárquicos, que mais tarde veio a privatizar a Vale do Rio Doce, a CSN, a Telebrás, a Portobrás, e, em boa medida a Petrobrás. Tentaram rebatizá-la de PetrobráX, lembram-se? Faz muito tempo, Lula chegou mesmo a declarar que “se Vargas era o pai dos pobres, era a mãe dos ricos”. Talvez, com a experiência de quem tem que tocar o barco, não as repita hoje. Basta dizer, é o próprio presidente que hoje fala que nunca antes os banqueiros ganharam tanto dinheiro como em seu próprio governo.
Mais importante é, debaixo do tiroteio das declarações, numa caminhada de décadas, que fazem a alegria de uma mídia que quer condenar para todo o sempre a Era Vargas, descobrir linhas de coincidências históricas entre Vargas e Lula. Lembrando que Lula chegou a se emocionar quando visitou o túmulo de Vargas em São Borja, acompanhado de Leonel Brizola. E , mais recentemente, baixou decreto criando a Semana Vargas para que, segundo explicou, todos conheçam profundamente a obra daquele que foi o maior dos presidentes. Declaração dele.
Pois se Vargas criou a Rádio Nacional, a Rádio Mauá, a Voz do Brasil - instrumento de democratização da informação via rádio acessível a uma esmagadora maioria de brasileiros que ainda hoje, como há décadas, continua proibida da leitura de jornal . Lula, com o mesmo sentido histórico, criou a TV Brasil, a tv pública brasileira, cujo projeto estava sendo trabalhado por Vargas como desdobramento da Rádio Nacional, tendo sido sepultado junto com o gaúcho, para a alegria do capital estrangeiro, das oligarquias nacionais, dos inimigos eternos dos direitos trabalhistas e também da comunicação pública. Hoje continuam tramando contra a Voz do Brasil, atacam o jornalismo chapa-branca, mas perdoam o jornalismo chapa-oligopólio.
Há outras identidades, mantidas as diferenças de épocas históricas: Vargas deu início ao pró-alcool, montou o trem do álcool, Lula o retoma , o valoriza, o expande contra a pressão das potências estrangeiras, ambos os presidentes buscando a independência nacional energética. Vargas concretizou a campanha “O petróleo é nosso”, Lula afirma agora que “o Petróleo Pré-Sal é do povo brasileiro não das transnacionais” , as mesmas que levaram Vargas ao suicídio-golpe. E ainda convocou a UNE a sair ás ruas para uma nova campanha “O petróleo é nosso”. Vargas criou o BNDES, o maior banco de fomento do mundo, que FHC usou contra o Brasil na privataria, mas não conseguiu demolir. Lula recupera parcialmente a função social do BNDES, o fortalece enormemente, fortalece o sistema financeiro público. Outras coincidências: a política externa da Era Vargas, como a da Era Lula, afirmativas da integração latino-americana, da soberania nacional, da independência, não são de tirar os sapatos e rebaixar-se ante ordens de qualquer guardinha de alfândega dos EUA……

Jornal Público

Como o tema é comunicação, a partir da decisão de Lula tornar-se colunista, somos levados a pensar num sentido histórico para acreditar que estão sendo criadas as condições para que o mesmo desejo do presidente de democratizar informações, de intensificar o debate democrático de idéias possa ser feito não apenas com sua coluna, mas com a criação de novos instrumentos de comunicação dirigidos à grande massa que continua proibida de ler jornal. Ou seja, uma idéia leva à outra.
Se somadas todas as tiragens dos pouco mais de 300 jornais diários existentes no Brasil hoje não alcançamos o número de 7 milhões de exemplares. Ou seja, temos no Brasil indigência de leitura de jornais. Temos aí uma charada que o mercado, por si só, mostrou-se incapaz de resolver: como levar os brasileiros a ter pleno acesso à leitura, tornar acessível a eles uma tecnologia do século 16, a imprensa de Gutemberg.?
Seja bem-vindo o presidente Lula ao mundo do jornalismo, até porque com certeza se ocupará mais diretamente dos desafios da comunicação que ainda fazem com que o Brasil seja um país com informação controlada por uma ditadura vídeo-financeira. Apesar de que exista uma capacidade ociosa crônica de 50 por cento de nossa indústria gráfica, parada enquanto o povo não tem o que ler! Isto ilustra quando Lula diz que ainda não resolvemos problemas de outro século….

Lula e Evo: identidades no social

Quem sabe o colunista Lula não esteja já pensando - diante da expectativa positiva que criou ao anunciar que suas próprias palavras serão reproduzidas em centenas de jornais - em como superar os limites impostos pelo sistema de proibição da leitura. Diante de dilema similar de uma mídia de corte oligárquico, que ignora até mesmo que a Bolívia é hoje considerado “Território Livre do Analfabetismo” pela Unesco ou que já retomou corajosamente o controle nacional sobre suas riquezas minerais, Evo Morales viu-se impelido a lançar um jornal do poder público, já que o “livre jogo do mercado” conduz apenas à concentração, a um jornal para as minorias e a uma linha editorial rigorosamente antipatriótica. Mercado não democratiza, mercado concentra, carteliza, exclui, discrimina, sonega, embrutece…. Como hoje até mesmo os inimigos do estado estão agora “convertidos” a reconhecer o estado como solução para a grande crise do capitalismo, no campo da comunicação podemos trabalhar com ainda mais desenvoltura as teses que reivindicam mais protagonismo do estado: só o fortalecimento da comunicação pública, sua qualificação, sua capacidade de disputar audiência, leitores, poderá finalmente possibilitar que a invenção de Gutemberg seja acessível a todos os brasileiros, como aos bolivianos. Evo alfabetiza e democratiza a leitura. Lula cria a universidade da integração latino-americana UNILA e torna o ensino do espanhol obrigatório. Muitas identidades. A coluna de jornal de Lula é apenas o primeiro passo, no sentido correto.
Que não se diga que os poderes públicos não podem editar jornal!!!. Será um decreto escrito nas estrelas? Ué, por que os críticos não ficam esbaforidos, nem indignados com o fato de que é o estado que banca grande parte do jornalismo privado?. Mas, jornalismo público, não??? Aí seria um crime????? Na França existe um jornal editado pela Previdência Social que chega a todos os segurados e não apenas com notícias previdenciárias. É um jornal, traz notícias, do país, do mundo, do futebol, das cidades, do clima, da economia, da cultura. Por que será impossível pensar que o Programa Bolsa Família, que leva farinha, café, macarrão a 13 milhões de famílias não pode também levar um jornal, talvez o único que os brasileiros pobres possam segurar em suas mãos não para forrar banheiro ou para servir de cama como na música de Noel Rosa. Mas, um jornal que respeite os mais pobres como cidadãos, que lhes traga informação sobre a vida, sobre o funcionamento da economia que eles, os mais pobres, movimentam.Um novo jornalismo precisa ser criado para falar não apenas de bolsa de valores que ninguém sabe o que é, mas para falar do preço da latinha e do papelão que movem milhões de seres na economia dos recicláveis . Que não fale apenas de crimes, mas fale dos programas públicos, das oportunidades, da música popular, dos heróis nacionais. Que explique sobre medidas simples para a prevenção de doenças contagiosas, como o câncer de pênis, que pode ser prevenido em boa medida com informação em saúde, mas que os jornais sustentados por anúncios da indústria de medicamentos não querem divulgar. Que lhes dê a oportunidade de criar finalmente um hábito de leitura, convenhamos que isto é impossível se não existe um jornal de distribuição gratuita, com linguagem simples e clara - não nos faltará talento para isto, afinal já demos um Monteiro Lobato, um Paulo Freire, um Ariano Suassuna, somos um país de preciosos cordelistas e payadores, mas que não têm onde escrever.

PAC da informação e da cultura

Este é o grande desafio: está muito bem que Lula seja colunista de jornal, sobretudo por ser cidadão de excepcional inteligência política - muito mais bem informado do que os mais bem informados jornalistas - e com sua capacidade de discernimento e leitura do mundo e de escrever uma outra história política para o povo brasileiro ao ter criado instrumentos, a Cut e o PT, que estimularam a participação direta dos mais pobres e excluídos na vida política e nos destinos do País. Mas, esta coluna precisa também de um jornal para que seja lida por milhões, distribuído pelo mesmo mecanismo do Bolsa Família, pelas Redes do SUS, pelos sindicatos, fábricas, estádios de futebol, metrôs, ônibus e trens. Já que Lula se animou a entrar no jornalismo, tomara que seja o preâmbulo de um esforço para criar, além da TV Brasil, um jornal para os milhões de brasileiros proibidos da leitura. Aliás, a EBC é empresa de comunicação, não apenas de rádio e de televisão.
Esta proposta já havia sido levada pelo Sindicato dos Jornalistas do DF ao Congresso Nacional da categoria: um Programa Público de Popularização da Leitura e Edição de Jornal, aproveitando a capacidade ociosa da indústria gráfica. É o PAC da informação e da cultura. Gera emprego, mas sobretudo, gera um cidadão novo, informado, cidadão completo. “A gente não quer só comida”, diz a música. Ou como diz o meu chará “Saciar a fome de pão e a fome de poesia também”. Aquela masturbação acadêmica que procura a porta de saída do Bolsa-Família certamente não poderia rejeitar: além de nutridos, seres humanos com acesso à leitura, para enxergar mais longe na vida e na história.. Os acadêmicos conservadores criticam o povo que não lê, então não podem rechaçar, devem apoiar, que se trabalhe para demolir o sistema de proibição da leitura né?
Que não se venha a inverter o verdadeiro debate falando de diploma: o desafio é criar um jornal para milhões. Se o Bolsa Família é dos maiores programas sociais do mundo, que ele seja enriquecido com a oferta de um jornal respeitoso ao pobre, civilizador, educativo, lúdico e informativo.
Quanto a diploma, é indispensável sim uma regulamentação, mas uma que permita à classes populares o exercício do jornalismo. Fica o tema para debate, mas definitivamente, o colunista Lula está dentro da lei, além do que seu único diploma, como declarou de modo comovedor, é o diploma de Presidente da República que lhe foi dado por 63 milhões de eleitores-professores.



Beto Almeida

Diretor da Telesur

quarta-feira, 25 de março de 2009

PRESIDENTE LULA PROCURA SOLUÇÕES COM OBAMA



“Nós estamos convencidos que esta crise econômica pode ser resolvida com decisões políticas”, afirma Lula
Com um clima de muita descontração, a visita de Lula a Washington pode ser considerada o primeiro passo de Obama na política americana com relação aos países da América do Sul.
Contudo, não se deve esperar grandes mudanças nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. Historicamente, os EUA veem na Inglaterra como parceiros em momentos de crise e que sempre confluem com seus interesses. Os países abaixo de sua fronteira são aliados importantes, mas não os principais. "Há uma expectativa positiva sobre a relação do Brasil e dos Estados Unidos, mas temos que ser realistas. A grande sinalização vai ser da continuidade desse clima positivo, do aprofundamento entre o diálogo dos países, principalmente nessas questões sul-americanas”, diz Cristina Pecequilo, professora de Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (UNESP).Relações BilateraisDe fato, atualmente a “menina dos olhos” da política exterior brasileira é uma redução das tarifas do etanol e um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (CS-ONU). Na prática, o encontro dos presidentes não auxiliou em atingir essa meta, nem o fará.Países sul-americanos são relevantes para os EUA em momentos situacionais, como o combate ao narcotráfico – que os eles têm como aliado a Colômbia – ou para a aplicação de alguma medida na América Latina. Nesse caso, o Brasil é certamente a melhor escolha, principalmente devido à era Bush, onde os EUA perderam grande parte do apoio dos países da região. Para a professora da UNESP, na América do Sul, os EUA deixaram um vácuo de poder muito grande, que acabou sendo ocupado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Nesse cenário entra o Brasil como um ponto de moderação e como parceiro importante no campo ambiental, nas questões energéticas e de combustíveis renováveis.ProtencionismoMesmo assim, o protecionismo dos norte-americanos em relação aos produtos primários – as commodities – e ao etanol não deve ser reduzido, ao contrário das expectativas de Lula. Se o Congresso americano observar que os produtos brasileiros estão levando uma boa fatia do mercado, eles simplesmente o bloqueiam criando altas tarifas de importação. Nesse caso, uma boa relação entre os presidentes não serviria de nada. Como o próprio Obama disse: “a barreira enfrentada pela versão brasileira do biocombustível [etanol] não será algo que vai mudar da noite para o dia”.CriseO denominador econômico de EUA e Brasil no encontro foi a Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ela é importante porque busca diminuir as pesadas barreiras tarifárias das potências econômicas a fim de que se obtenha um comércio mundial mais livre, onde a concorrência seria mais “justa”. Com o advento da crise, os presidentes viram que o desfecho da Rodada de Doha está longe de acontecer. Lula, embora observe que em Doha reside uma saída para a crise, concordou que a turbulência financeira tornou mais remotas as possibilidades de um acordo final para os países que participam da rodada. “É complicado fecharmos uma série de acordos comerciais em meio a uma crise, ainda que estejamos comprometidos em esquecer nossas diferenças em relação à Rodada de Doha e outros temas”, disse Obama.Segundo Pecequilo, é muito cedo para existir uma definição final tanto para questão de Doha, quanto para o assento no CS-ONU. “Doha, por exemplo, tem muita ligação com o tema econômico interno”, conclui.

domingo, 22 de março de 2009

VERDADEIRO EXEMPLO DE MULHER

Regina Lúcia Passos - Aos 49 anos, Regina Lúcia Passos é a juíza de direito Estadual mais antiga da Regional (que envolve Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá), totalizando 18 anos à frente da magistratura. Mulher, mãe, avó, professora, estudiosa e apaixonada pelo que faz, ela é, atualmente, a Titular da 1ª Vara de Família da Região Oceânica de Niterói, cargo que ocupa desde 2005. Da criação no sistema rígido de internato, Regina aprendeu que seria o estudo a chave da liberdade.
Prefeito Marquinho Mendes é eleito secretário da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo

Foi realizada na manhã da última quinta-feira, dia 19, a eleição da diretoria da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo – OMPETRO, quando o prefeito Marquinho Mendes foi eleito o secretário; a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, foi eleita presidente; e o prefeito de Quissamã, Armando Carneiro, tesoureiro.
Logo após a leitura da prestação de contas do presidente anterior, Armando Carneiro, o novo secretário da OMPETRO, Marquinho Mendes, alertou para a necessidade de manter vigilância permanente contra as tentativas de redistribuição dos recursos dos royalties, lembrando que eles são uma compensação financeira pelos riscos a que estão expostos os municípios com projeção sobre a plataforma marítima, onde são feitas operações de retirada de petróleo. Observou, ainda, que houve redução drástica do repasse desses recursos aos municípios participantes da OMPETRO em função da crise mundial e da queda dos preços do petróleo.
Segundo o Coordenador de Indústria e Comércio de Cabo Frio, Ricardo Azevedo, o município recebeu em 2008 cerca R$ 200 milhões, sendo R$ 144 milhões referentes aos repasses mensais e R$ 56 milhões relativos a participação especial. Para 2009, a previsão é de que o município receba o total de R$ 82 milhões referentes aos repasses mensais e mais R$ 24 milhões de participação especial – uma redução de cerca de 50%. O município de Armação dos Búzios recebeu R$ 65 milhões no total em 2008 e a previsão para 2009 é de R$ 34 milhões. Campos recebeu R$ 1,18 bilhão de royalties em 2008 e terá que contentar-se com R$ 726 milhões em 2009, segundo a previsão da Organização.
Estiveram presentes à reunião, acompanhando o prefeito Marquinho Mendes, o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Carlos Victor e o Coordenador Municipal de Indústria e Comércio, Ricardo Azevedo.


Ralph Bravo-- SECOM Cabo Frio

sábado, 21 de março de 2009

EX.GOVERNADORA ELEITA COM LOUVOR PRESIDENTE DA OMPETRO

Rosinha Garotinho eleita presidente da Ompetro


A prefeita de Campos Rosinha Garotinho foi eleita por unanimidade presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), através de votação na manhã de ontem, em reunião no município de Quissamã, no Norte do Estado.
Participaram seis prefeitos e três representantes de prefeituras. O secretário geral será o prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes, com Armando Carneiro, de Quissamã, que presidia a Ompetro, assumindo a função de tesoureiro.
A Ompetro envolve dez municípios do Estado do Rio de Janeiro: Campos, São João da Barra, Macaé, Rio das Ostras, Quissamã, Carapebus, Casimiro de Abreu, Búzios, Cabo Frio e Niterói.

EDITORIAL

Quando frente a inúmeros e descabidos acontecimentos que nos chocam diariamente, sendo que alguns já redundaram em centenas de mortos é até certo ponto,compreensivel que muitas pessoas achem que menhor é não fazer nada - é so uma marolinha, relaxa e goza! A discrença no sistema politico é oriunda das impunidades que ferem a Ética, a Moral e Bons Costumes. Este sistema premia com muita frequencia personalidades em aposentadorias precoces, porém com altos benefícios; e o trabalhador sério e honesto paga apenas por uma previdência falida em última análise, vitima deste personagens. O brasileiro simples é exemplo de correção, somente zela pelo bom nome, faz tudo para protegê-lo.
As dificuldades para começar um projeto são, conhecidas, mas mesmo assim, brasileiros simples, desejando dar sua contribuição para que haja criação de novos empregos; oportunidades de desenvolvimento profissional e crescimento de nosso município abrem uma janela para que novos ventos no jornalismo interativo,possa congregar regiões que têm interesses comuns, sob uma mesma Bandeira-Niterói, Maricá, Cabo Frio, Búzios, Angra, Paraty... o periódico Conexão litoral abre em sua primeira edição interativa destaque para os mais altos valores de nossa história esperança de relembrar que nossa pátria foi moldada pela a iniciativa daqueles que preservaram nossa soberania. As forças vivas de nossa comunidade tomando como exemplo: Maçonaria,lions,Rotary e Associações de formadores de opiniões, que tentam a todo tempo ampliar seus objetivos.
Enquanto houver ousadia para empreender e se acreditar que trabalho duro tudo vence, haverá exemplo para inspirar outros a prosseguir. Para o CONEXÃO LITORAL todo sucesso!